segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Herbicidas


Falarei um pouco sobre herbicidas, pois todos usam, mas sem saber como funciona e se está usando o produto certo. Geralmente usam Tordon, glifosato ou outros conhecidos, ou seja, usam a marca, mas não sabem se é o mais adequado para seu caso específico.
vamos lá:

Classificação
Os herbicidas podem ser agrupados por atividade, uso, modo de ação, grupo químico ou tipo de vegetação controlada.
Por atividade:

  • De contato
  • Sistêmicos
Por uso:
  • Aplicados no solo
  • Pré-emergentes
  • Pós-emergentes
Por mecanismo de ação, ou seja, primeira enzima, proteína ou etapa bioquímica afetados na planta:
  • Inibidores da acetil-coenzima A-carboxilase
  • Inibidores da acetolacto-sintase
  • Inibidores da enolpiruvil-shikimato 3-fosfate-sintase
  • Auxina sintética
  • Inibidores do fotossistema
Os herbicidas têm usos diferentes. Alguns são feitos para matar apenas alguns tipos de plantas daninhas, enquanto outros matam tudo o que eles entrem em contato
Herbicidas pré-emergentes: Este tipo de herbicida é usado para evitar o surgimento de plantas daninhas em primeiro lugar. Quando aplicado, ele age como uma barreira que sufoca as sementes de erva daninha e mata-los antes de germinar.
Herbicidas pós-emergentes: Este tipo de herbicida é usado quando o mato já cresceu. Ele vai atacar as raízes das plantas daninhas, assim, matá-los. É eficaz contra a maioria das plantas daninhas comuns, mas tem dificuldade para matar as ervas daninhas com sistema radicular mais profundo.
Aplicação no tempo: Herbicidas pré-emergentes, deve ser aplicado no início da primavera, quando a temperatura está abaixo dos 60 graus. Desta forma, as sementes não germinam e crescem.
Modo de ação: Como os herbicidas funcionam

Introdução

Herbicidas controlam ervas daninhas, interferindo com a forma como elas crescem. Isso é conseguido através de vários 'modos de ação' (MOA). Conhecer o MOA de um herbicida é importante para entender como usar esse herbicida da maneira mais eficaz. É um elemento importante, tanto na seletividade de herbicidas quanto na resistência de ervas daninhas.

Classificação de modos de ação

Os MOAs de herbicidas podem ser classificados pelo processo vegetal afetado, por exemplo, fotossíntese, divisão celular ou enzimas-alvo específicas. Isso muitas vezes reflete os usos práticos de produtos herbicidas. Por exemplo, aqueles que afetam a fotossíntese são aplicados em pós-emergência e, geralmente têm ação rápida; os que afetam a divisão celular geralmente são herbicidas pré-emergência que afetam a germinação das sementes; e alguns alvos enzimáticos determinam os padrões do espectro de controle de ervas daninhas e seletividade, dependendo se a enzima é fundamental para o crescimento de todas as plantas ou se é limitada, por exemplo, a ervas daninhas gramíneas e ou de folhas largas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Estive mais de 2 anos sem postar nado no blog, resolvi voltar a postar, tentarei trazer as novidades e avanços (se é que teve algum) da agricultura (e pecuária) da cidade.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ensilagem: vantagens econômicas.

Estudando sobre forragicultura, encontrei um quadro interessante que ilustra muito bem o potencial de produção que tem uma técnica tão simples como a ENSILAGEM.

Vejam o quadro:

QUADRO 16.  Comparação entre silagem de milho e silagem de capim, sobre o ponto de vista de rendimento por hectare.

Silagem de milho

Silagem de capim

Redimento/ha

30 t

120 t

Nº de vacas/ano

3

12

Produção leiteira/dia

45 L

96 L

Nº de bezzeros/ano

1

6

Nº de bezzerras/ano

2

6

Esterco/ano/toneladas

43

175

Custo de toneladas de silagem

R$ 30,00

R$ 15,00

Fonte: EVANGELISTA, A. R. (dados não publicados).

OBS:

  1. supondo que o suprimento com volumoso para as vacas o ano todo será exclusivamente com silagem.
  2. supondo que a vaca que consome silagem de milho produz o dobro da vaca que consome silagem de capim.
  3. supondo que, das parições, 50% sejam fêmeas.

Se ajustarmos o custo de produção da tonelada de silagem em 100% para os dias atuais em 100% e considerando o valor pagor por litro de leite de R$ 0,50. teremos (desconsiderando outros custos de pordução do leite, como mão de obra, vacinas, etc.) um rendimento/ha de R$ 2.250,00 com silagem de milho e R$ 5.040,00 com silagem de capim.

Se considerarmos que em 1 ha de pasto (brachiaria) se cria 1,5 vacas, teriamos um rendimento de 12 litros por dia e uma receita de R$ 1.080,00 apenas.

Analisando estes dados, eu pergunto aos produtores da região se eles ainda acham que:

Não compensa gastar R$ 1.500,00 com silagem pois é muito trabalhoso?

E se o lucro não remunera o investimento?

domingo, 12 de abril de 2009

Irrigação

Aqueles que tiverem um rio, açude ou lago na propriedade, acocelho em investir em um sistema de irrigação.

Uma capineira de capim-elefante irrigada e bem adubada pode produzir até 100 toneladas/ha. eu fiz um orçamento para irrigar uma área de 2.048 m2 (64x32), que fica por no máximo R$ 3.000,00.

Essa área irá produzir 20 toneladas, comida suficiente para sustentar 10 vacas leiteiras o ano todo comendo só no cocho.

Pegando o valor da irrigação e dividindo por 15 anos que é a vida útil dos aparelhos, teremos o custo anual de R$ 200,00.

Ou seja, com R$ 200,00 por ano tem-se a capacidade de acabar com a quebra de produção, ter a mesma quantidade de leite no periodo seco (quando o preço é melhor), não deixar o gado emagrecer e diversos outros benefícios, com apenas R$ 200,00 por ano.

Esse valor (R$ 200,00) é o que muitos fazendeiros gastam de cachaça (farra, cerveja, etc) por mês nos bares (leia-se bar, pois só tem um na cidade) da cidade.

A desculpa antes usada para não irrigar era a falta de energia elétrica. Isso não é mais desculpa tendo en vista que a maioria das regiões de Ibicuí já possui energia (graças ao programa do Governo Federal LUZ PARA TODOS).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O capim que não alimenta.

Essa semana eu ouvi um produtor reclamar que a manga estava cheia de capim, mas a produção de leite estava caindo. Ele ficou sem entender como é possível ter comida e a produção diminuir.

Isso se deve à falta de minerais na forragem. Todos os minerais que a vaca necessita para produzir (principalmente Cálcio e Fósforo) são retirados do capim, se o mesmo é pobre nesses minerais a vaca não conseguirá produzir satisfatoriamente.

  • Como eu faço pra saber se o meu pasto tem ou não os minerais necessários para uma boa produção de leite?

    R = Fazendo uma análise de composição bromatológica do capim. Você tira uma amostra do pasto, envia para universidade (UESB ou UESC) e com 08 a 15 dias você tem a resposta. Este teste não custa mais que R$ 30,00.

  • Constatada a deficiência de minerais como faço para corrigir?

    R = Existem 02 maneiras de corrigir essa deficiência: usando sal mineral de boa qualidade ou adubando o pasto.

Entre as duas alternativas acima eu ficaria com a adubação do pasto, pois alem de resolver a questão da deficiência de minerais a adubação irá melhorar o pasto em vários outros aspectos e é muito mais barato e prático adubar do que sustentar os animais em sal mineral de boa qualidade.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um dos maiores erros dos pecuaristas de Ibicuí

Andei observando as atitudes dos pecuaristas (principalmente os de leite) de Ibicuí têm e descobri onde eles mais erram em suas atividades. A maioria dos produtores compram vacas leiteiras de boa genética visando melhorar o rebanho geneticamente (fato esse excelente e correto) mas se esquecem de um pequeno detalhe: animais de melhor genética comem mais que animais mestiços.

Fazendo uma comparação com carros temos: os animais mestiços sendo um UNO MILLE 1.0, os animais de melhor genética sendo um STILO 2.0, o capim sendo a gasolina e a produção sendo a distância percorrida.

  1. Se o produtor só tem 10 litros de gasolina por mês, com qual carro ele vai roda mais?
  2. É mais vantagem ele trocar o UNO pelo STILO ou comprar mais gasolina?

Eu prefiro ter um UNO com tanque cheio.

Outra questão que reparei foi que devido à última seca, muitos produtores começaram a plantar capineiras e cana para alimentar o rebanho (excelente), mas eu me pergunto:

  • Quantos desses adubaram para plantar ou fizeram uma análise de solo?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pastagem

Essa semana eu vi vários fazendeiros comprando semente de capim para plantarem.

É estranho que todo ano os fazendeiros compram sementes para refazerem suas pastagens, tendo em vista que uma pastagem bem conduzida dura, no mínimo, 5 anos. Pastagem não é cultura anual como o milho que todo ano é necessário ser plantada.

Ainda mais estranho é que, particularmente, nunca vi as lojas agropecuárias de Ibicuí venderem um único saco de adubo. Possa ser que vendam, mas tão pouco que passa desapercebido por meus olhos.

É necessário que os fazendeiros de Ibicuí repensem suas práticas econômicas, pois se todo ano eles tão tendo que replantarem suas pastagem é porque têm algo errado. A falta de adubação pode ser um dos fatores para que isso possa está acontecendo.

Diante disso vamos às perguntas:

  1. Por que criamos o gado? R= para comer, pois o carne é rico em nutrientes.
  2. De onde vêm os nutrientes da carne de gado? R= vem dos nutrientes do capim que o gado come.
  3. De onde vêm os nutrientes do capim? R= vem das reservas de nutrientes do solo.
  4. Se todo ano eu tiro gado gordo da minha fazenda, o que acontece com os nutrientes? O solo possui uma certa quantidade de nutrientes, toda vez que o fazendeiro vende o gado gordo, grande parte dos nutrientes saem da fazenda, e se não houver reposição via adubação, esses nutrientes irão ficar tão poucos que o pasto acabará mais rápido, o gado engordará mais devagar, etc..

Com base nas perguntas e resposta acima, vocês fazendeiros tentem responder as seguintes perguntas.

  1. Têm algo errado com o meu pasto?
  2. To plantando a espécie certa de capim para minha região?
  3. To adubando da maneira certa?
  4. To fazendo análise de solo para saber como ta o meu solo?
  5. O capim que to plantando é o melhor para meu gado?
  6. O capim que estou plantando é resistente a pragas e doenças?
  7. Qual o poder de germinação das sementes que compro?
  8. Essas sementes são de qualidade e livres de doenças?
  9. To plantando na época certa.
  10. To plantando do jeito certo?

Se não souberem a resposta procurem um profissional da área para tirar suas dúvidas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Investimentos da prefeitura na agricultura e pecuária de Ibicuí

Saiu hoje o Relatório Resumido da Execução Orçamentária – 5º bimestre 2008. Para ver clique aqui.

Na página 3 e 4 estão listados os gastos da prefeitura para a "Promoção da Produção Vegetal" e "Promoção da Produção Animal". Segundo este relatório a prefeitura gastou R$ 167.640,00 e R$ 35.000,00.

Independente de posição política (pois todos sabem que não apoiei o atual prefeito na última eleição) gostaria de saber onde o prefeito e o secretário de agricultura estão aplicando esta verba. Pela pouca prática que possuo na área, com essa quantia era para Ibicuí ser um pólo exportador de hortaliças. Tendo em vista que a maioria esmagadora das frutas e verduras da nossa feira vem da Lagoa das Flores em Vitória da Conquista e o pouco que é produzido na serra da lontra vai para Itabuna, fica difícil de acreditar que a prefeitura aplica realmente estas quantias na nossa agricultura e pecuária.

Se formos levar em conta os seguintes fatos:

  1. Ele tomou várias roças comunitárias e até o presente momento não disponibilizou outras terras para que os antigos donos voltassem a produzir.
  2. A prefeitura não possui nenhum Agrônomo para dar assistência técnica para os produtores da cidade. Se possui, eu não conheço, e não é funcionário público e sim serviço terceirizado, o que torna a contratação deste profissional muito duvidosa.
  3. A prefeitura não financia nem custeia nenhuma benfeitoria ou processo de produção para as várias associações que existem em nossa cidade, a exemplo da associação dos apicultores de Ibicuí, que necessita apenas da doação de um terreno para construção da Casa do Mel para beneficiar o mel produzido em nossa cidade (que não é pouco).
  4. Pela situação atual do matadouro municipal (abram o olho os produtores de gado de corte e açougueiros, a promotora fechou o matadouro de Iguaí, o daqui pode ser o próximo), não acho que tenha investimentos também na pecuária.
  5. O único trator que pode ser usado para trabalhos agrícolas está carregando lixo.

Com base no exposto acima fica a seguinte pergunta:

Para onde realmente estarão indo estas verbas destinadas à "Promoção da Produção Vegetal" e "Promoção da Produção Animal"?

OBS: QUEM SOUBER A RESPOSTA, POSTE UM COMENTÁRIO AQUI.

O Leite

Posso afirmar que 99,99% das fazendas de Ibicuí possuem pelo menos 01 vaca para retirada de leite. Temos propriedades que só produzem leite; outras que são variadas têm o leite, umas cabecinhas de corte, um cacauzinho, uma horta, etc.

Da mesma forma, tem gente que não troca o leito por nada; e já tem gente que não quer nem pensar em vender leite, porque os laticínios pagam pouco e mais um monte de porem.

Da mesma forma que no comércio do boi gordo, e qualquer outro produto agrícola, o preço do leite está atrelado à lei de mercado da oferta e demanda. Por preguiça de fazer outra tabela, vocês leitores podem utilizar a mesma tabela do tópico anterior para ver em que época o leite tem melhor preço.

Vamos às perguntas:

  1. O que tenho que fazer para produzir na seca? R= contrate uma agrônomo e ele vai avaliar qual a melhor tecnologia para ser utilizada na sua propriedade (lembrem-se: cada caso é um caso, não existe receita de bolo).
  2. Eu que tenho uma pequena propriedade (até 20 hectares), devo criar somente gado de leite? R= Depende. Se você tiver dinheiro para investir em tecnologia; eu já visitei uma propriedade em Conquista que cria 100(100 vacas só as cheias, sem contar as secas e prenhas) vacas holandesas, dando 25 litros de leite cada em apenas 11 hectares, dando um total de 2.500 litros/dia, como já vi aqui em Ibicuí também gente que tem 200 hectares e não cria 50 vacas de 10 litros cada. Caso você não possua dinheiro para investir, o melhor é ter um pouco de tudo (cacau, gado de corte, horta, porco, etc.) assim você não fica refém do preço do leite.
  3. Eu que tenho uma propriedade maior, devo criar somente gado deleite? R= o proprietário que possui condições e terra, se gosta da criação de gado deleite ele deve se especializar. Não tem como você criar gado de corte e de leite na mesma fazenda, o manejo é totalmente diferente. Se for produzir leite, eu aconselho a investir em uma ordenhadeira mecânica, concentrado para as vacas (não existe vaca que dá 25 litros de leite comendo só capim), fazer o piqueteamento do pasto, e o mais importante, investir em genética. Investir em genética não é comprar uma vaca holandesa pura; é fazer inseminação, procurar raças zebuínas boas de leite como por exemplo a Gir leiteira, usar vacas meio-sangue, etc.

Os que tiverem condições de processar o leite (fazer queijo, iogurte, requeijão, etc.) é muito melhor que vender o leite para laticínios. Um exemplo disto é Izaac que faz vários tipos de queijos e sai vendendo na garupa de sua moto. Não é por que o produto é caseiro que tem qualidade inferior ao do laticínio.

Cabe a cada um decidir se compensa ou não produzir apenas o leite em suas propriedades, tudo tem que ir para a ponta do lápis para ver se é viável economicamente.

domingo, 30 de novembro de 2008

Ocupado demais para postar uma dica!

Ainda esta semana estarei postando mais dicas neste blog.

O próximo tema será sobre o Leite. Não percam!